Para esclarecer as duvidas da comunidade sobre a Hanseníase, a Secretária de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica , realizou no último dia 10, na Biblioteca Municipal, um treinamento sobre a doença para os Agentes Comunitários de Saúde, que serão os “mensageiros” das informações para a população. “Os agentes são nossos maiores propagadores de informações, pois visitam todas as casas, em contado direto com a população, principalmente os mais carentes e os doentes crônicos, que estão menos protegidos das doenças”, explicou Fátima De Boni, diretora de Saúde de Guaraci. O treinamento foi realizado pela coordenadora do Programa de Hanseníase, Cristiane Ferreira Galvão e pelo médico Tarcisio Botelho de Paula, ambos da DRS Barretos. “A informação e o treinamento aos agentes deve ser constantes, para que eles possam, à menor suspeita de existência da doença, comunicar as autoridades médicas para o início imediato do tratamento”, ressaltou Fátima De Boni.
Um pouco mais sobre a hanseníase
A hanseníase é uma doença silenciosa e milenar, que no passado estigmatizou doentes. Conhecida mundialmente como lepra, a hanseníase como é conhecida no Brasil, é mais comum do que se pensa. A patologia como muitas outras, é transmitida pelo ar, pelo contato prolongado com alguém que tem a doença, mas não está em tratamento. Qualquer pessoa pode ser alvo do vírus. Olhar-se no espelho é fundamental para diagnosticar sinais da hanseníase. É preciso fazer um exame criterioso de observação. Manchas sem sensibilidade são os primeiros sinais de algo pode estar errado. O “olhar” atento em frente ao espelho é importante porque dependendo da pessoa, a doença só se manifesta após cinco anos. Há quem contraia a doença e de imediato ela se manifesta. Em outra spessoas, isso pode levar anos para acontecer. O diagnóstico precoce é fundamental por outro motivo ainda mais importante: enquanto a pessoa não está em tratamento, outros podem estar se contaminando. A hanseníase é uma doença que atinge os nervos periféricos do corpo, especialmente nos braços, nos joelhos, no rosto e próximo aos olhos. A doença tem quatro variações e dependendo delas o tratamento varia de seis à doze meses. A partir da primeira dose do medicamento ingerido, o vírus não é mais transmitido. O uso do medicamento é supervisionado, ou seja, o paciente toma as doses na frente de um servidor da saúde. Por isso existe a certeza da cura, desde que o tratamento seja continuado.